Lição 7 - A vinha de Nabote

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Lição 3: A longa seca sobre Israel

Introdução

Na lição deste domingo estudaremos sobre um caso onde podemos observar e ver o agir de Deus através da pessoa do profeta Elias, trata-se de uma seca que sobreveio sobre Israel, mais precisamente no Reino Norte, também chamado de Israel, este fenômeno da seca, tempo seco, falta ou cessação de chuva, não era um fenômeno tão somente meteorológico, mas sim profético, esta seca não ocorreu somente de forma previsível, mas anunciada.
Os três anos e meio de seca sobre Israel revelaram a divindade do Senhor não só para Israel mas para o próprio profeta Elias

I - O porquê da seca

O motivo da seca sobre o Reino Norte, Israel, não foi apenas um fenômeno meteorológico, mas em primeiro lugar uma forma de Deus disciplinar a nação de Israel. 
Temos que lembrar o culto a Baal afastou o povo de Israel de adorar o verdadeiro Deus, da verdadeira adoração.
Então, esta seca procurava demonstrar ao povo que Deus estava lamentando a decisão de Seu povo em não mais estarem adorando-O. 
Outro motivo da seca sobre Israel era de mostrar a divindade verdadeira. Isto traz a nossa memória que quando Jezabel casa com Acabe, ela traz sua religião e uma vontade que ela tinha de fazer dos seus deuses o principal objeto de adoração entre os hebreus.
O culto que era prestado a Deus, foi trocado por um culto a Baal e Aserá. Baal, deus do trovão, do raio e da fertilidade, e segundo a crença que se tinha nele possuía poder sobre os fenômenos naturais. Com esta última informação sobre Baal, podemos ver que isso proporcionou condições necessárias para que o profeta Elias desafiasse os profetas de Baal, e dessa forma mostrasse ao povo que Baal era apenas um deus falso (1 Rs 17.1,2; 18.1,2,21,39).

II - Os efeitos da seca

De acordo com o texto bíblico 1 Rs 18.2, podemos perceber que houve fome em Samaria, essa fome demonstrou à nação que somente o Senhor é a fonte de toda provisão. Com essa informação percebemos que tudo está no controle de Deus, nada do que ocorre na terra Ele está alheio.
Quando analisamos o texto hebraico de 1 Rs 18.2, vemos que a estiagem foi violenta e severa. O pecado sempre irá trazer consequências trágicas na vida da humanidade.
O julgamento de Deus sobre Israel trouxe reações diferentes entre a casa real e o povo. Acabe mais Jezabel não retrocederam, seus corações continuaram duros diante do agir de Deus, não se arrependeram dos seus pecados. Podemos afirmar essa informação, pois durante o período de seca, Acabe afrontou a Elias, chamando-o de perturbador de Israel (1 Rs 18.17).
O povo somente deu uma resposta ao profeta Elias, após o confronto do mesmo com os profetas de Baal, e viram a manifestação sobrenatural de Deus naquele dia, conforme passagem bíblica (1 Rs 18.39).

III - A provisão divina na seca

Deus nunca esquece os seus filhos no momento de angústia, tribulação, sofrimento. E foi assim que ocorreu nesse episódio. A maneira como Deus conduziu Elias é de grande relevância, vejamos abaixo como foi o agir de Deus:
1. Afastou o profeta Elias do local onde o julgamento seria executado: "Vai-te daqui" (1 Rs 17.3);
2. Deus orientou o profeta a se esconder: "Esconde-te junto ao ribeiro de Querite" (1 Rs 17.3);
3. Deus supri a necessidade de Elias: " Os corvos lhe traziam pão e carne" (1 Rs 17.6).
Deus usa de várias formas para poder suprir as necessidades de seus servos, mas que tenhamos em mente, Ele não desempara os seus filhos conforme descreve o salmista Davi: "Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão" (Salmos 37.25).
Mas não somente ao profeta Elias Deus proveu sustento nesse momento de seca, o relato bíblico nos informa que Deus sustentou cem profetas numa cova, e os sustentou com pão e água, e ainda temos no relato que sete mil pessoas não haviam dobrado seus joelhos diante de Baal.

IV - As lições deixadas pela seca

Neste episódio podemos ver claramente manifestados a onipotência, onipresença e onisciência de Deus.
A grande lição que Deus demonstrou a Elias é que devemos depender única e exclusivamente do Senhor.
Elias demonstra que ele não era o perturbador de Israel e sim o rei Acebe, isso sendo resultado de seu pecado.

Conclusão

- Por fim, cumpre-nos apenas indicar aqui duas aplicações bíblicas a respeito deste período de estiagem
que ocorreu sobre Israel, período este que, não por acaso, atingiu três anos e seis meses (Lc.4:25; Tg.5:17).

O primeiro destes períodos é o ministério terreno de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que também
durou mais de três anos. Neste período, em que Jesus foi ungido com o Espírito Santo e com virtude, fazendo bem e curando a todos os oprimidos do diabo (At.10:36), os Seus não O receberam (Jo.1:11), preferindo um assassino a Jesus chamado o Cristo (Mt.27:17).

O segundo destes períodos é a primeira metade da Grande Tribulação, que também terá três anos e seis
meses. Neste período, Deus irá contender com o Seu povo, mostrando, através dos seis selos mencionados no livro do Apocalipse, que o Anticristo é um falso Messias, não é deus. No entanto, apesar de todas as
evidências, os judeus aceitarão o seu falso testemunho (cf. Jo.5:43) e com ele firmarão um pacto, que será
rompido somente ao final do período, quando o Anticristo profanar o templo reconstruído com sua
aquiescência e apoio (cf. Dn.9:27).



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